Amo-te, tão perdidamente!
Lucidez inata em loucura,
São tantas as correntes
No peito, que inevitavelmente se sente
O coração amarrado a uma infinda ternura…
Prisão voluntária, alegrias dolentes!
Amo-te assim loucamente!
Ébrio na sobriedade que perdura,
Manter o raciocínio em pendentes
Anelos de uma razão quebrada e ausente.
Sóbrio nos sentimentos, te vejo tão pura!
O desejo ciente, nos mantém crentes!
Assim te digo amada,
Por meios de uma sã loucura sentida,
E por entre clarezas de torpor
“-Que daria cinco anos da minha vida,
Por cinco minutos do teu amor…”
Paulo Alves