Estamos num momento decisivo,
o medo da crise está instalado,
ela é uma ameaça que nos apavora.
Em todas as épocas,
e em todas as sociedades,
se viveu sob a alçada de paradigmas.
Nós somos durante toda a nossa vida moldados por eles.
Vivemos assim enfeudados,
regidos ou balizados por isto e por aquilo,
cingidos ao que é normal e comum,
a tudo aquilo que por lei está estabelecido.
Não conseguimos ultrapassar ainda todos os nossos problemas.
Trazemos as consciências regidas por valores e regras caducos,
porque acreditamos que é assim que somos felizes.
Mas os paradigmas pelos quais somos hoje regulados
podem ser os nossos autênticos entraves,
os estigmas que não nos deixam superar as dificuldades.
Admitimos os nossos limites,
e não queremos alterar as regras que era preciso mudar.
Não temos coragem,
para quebrar as grilhetas de um destino.
A mudança é inevitável,
faz parte da dinâmica da História,
da dialéctica da vida.
Devemos ter como imperativo,
muita fé no futuro.
Penso que esse será o nosso ponto de partida,
o princípio pelo qual nos devemos reger,
pois que é ele que nos abrirá as portas da mente e da imaginação.
Acreditemos nas nossas potencialidades,
transformando as nossas fraquezas nas nossas forças,
pedindo ajuda a Deus sempre,
e sobretudo aprendendo a rejuvenescer a alma com
os verdadeiros valores e a saber quais são as nossas verdadeiras e reais necessidades.
Dar corda aos bons sentimentos,
é neste momento uma obrigação que todos temos,
porque trazemos um coração inerte de amor.
Alea jacta est,
ou melhor dito:
estão lançados os dados,
é altura de renovação e de recomeço...
beatriz barroso