Estava murcha, maltratada,
Triste, e descuidada…
Mas ainda era tempo, de salvá-la…
E resolvestes levá-la…
Cuidaste-a, amaste-a…
Mimaste-a…ficastes ali ao seu lado,
Dia e noite…enamorado…
E ela recuperou…e desabrochou…
Olharam-se, e tudo parou
Era linda…fascinante…
Toda ela, era delicadeza
Chegava a irradiar…de tanta beleza
E a sua presença, era deslumbrante.
Era a mais linda flor, alguma vez vista…
E tu amava-la…
<br />Foi o tempo e o amor…
Que dedicastes á tua flor,
Que a tornou tão importante…
Irradiante…
E por ti, reconhecendo a tua dedicação,
A flor se apaixonou…
Por ti tudo enfrentou…
Fosse em qualquer situação.
Ventos cortantes,
Frio inquietante…
Sol escaldante…
Chuva e tempestades,
Maus-tratos e maldades.
Tudo ultrapassou…
Em prol do amor…
Por quem a cuidou…
Mas um dia ignoraste-a,
A flor foi entristecendo…
A sua beleza e alegria…
A sua força e harmonia…
Foram desaparecendo…
Fraca…num pranto de lágrimas…
Sozinha, ficou...e no abandono…
Sem agua, e sem o teu amor,
A tua flor…murchou!
As pétalas caíram,
As folhas tombaram…
E á tristeza rendida…
Por terra caiu…
Na mente, o sorriso…
Dos que a amaram,
No coração, a eterna saudade,
De quem ela tão incondicionalmente amou…
Voltastes…o ciúme, a raiva,
Descobristes terem sido em vão
Viestes arrependido…
Pedir o seu perdão,
Mas viestes tarde, a planta já tinha morrido…
Na terra árida, no chão…
Apenas a cova…cravada…
Lembrando a existência…
Da flor mas bonita …
Ao mesmo tempo, tão desprezada…
Ressequida de carência…
Era tarde…viestes em vão…
Que ao menos tua vaidade,
E arrogância, te sirvam de lição!
(Vania B.)