Sinto-me castrado pelo tempo cinzento.
amargurado, estritamente sufocado pelo vento
Condenso-me nas madrugadas de ti
e a chuva desacata o meu alento
remeto-me ao sombrio acabo com frio
por ti me aqueço no vento
gelo na neve, derreto no tempo
á espera de ti no meu leito profano
sorvo as almas com um pano
espremo o sumo da paixão
e o cinza torna-se azul-cião!
com o calor que eu de ti emano!