Em primeiros tempos de dificuldades no âmbito do aspecto financeiro, se ramificou nossa estrutura. Nossos primeiros empregos, eu na área comercial, tu num escritório, em empresas que já não existem. Aquele nosso quarto em casa da tia que nos acolheu de braços abertos foi o primeiro ninho da nossa condicionada felicidade, pelo estreitar das nossas capacidades.
Os tempos eram outros, mas o local de trabalho estava ali à mão, tu um pouco mais longe, mas não tanto que obrigasse a cumprir longas distâncias. Era percorrer as ruas de Alfama para a baixa lisboeta, eu, e das mesmas para o sentido do Arco Cego, tu.
Continuámos a relação que dealbava seus primórdios e no decurso dos dias, dos meses e dos anos, nos fomos conhecendo um pouco melhor, vivendo naquele nosso pequeno espaço donde fizemos irradiar luz para o Mundo inteiro!...
Teu sorriso, mesmo nos tristes momentos, foi sempre a consistência, a força, a mola fulcral para podermos ultrapassar as dificuldades sociais, que nos iam enfrentando. O importante foi tudo
galgar, sem receios…aí tua força foi sempre proeminente, com um pendor fora do comum.
Também tivemos momentos inesquecíveis, onde saliento o apadrinhares uma filha de amigos nossos lá para os lados de Tomar!...
As raízes iam-se fortalecendo!...
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...
Re: Rapsódia de amor - II
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