Veste o teu antigo olhar felino /
E vigia meu caminhar inseguro /
Pois preciso muito andar contigo, menino !
Sou aquela ingênua menina, cheia de paz... /
Te olhando como um anjo sereno... tu lembras ? /
Guardando teus sonhos e os meus sonhos iguais !
Lembras como tudo nos separava ?/
E teus olhos me procuravam, envergonhados /
Escondidos de tudo que nos cercava ???
E daqueles longos silencios... tu lembras ? /
Nos quais mergulhávamos, lado a lado, medrosos... /
E a vida nos ofertando um ao outro... lembras ?
Então, anjo meu, vem comigo ! /
Afasta-me deste mundo doentio /
Acolhe-me no teu bendito abraço... menino !!!
E descobre um refúgio pra nós /
Acomoda-me em tua solitária paz /
Em teu corpo, teu calor, tua voz ...
Porque hoje, menino, muito mais te quero meu /
Longe das invejas deste mundo insano /
Ao qual jamais pertencestes... e nem eu !