Perguntam-me quem sou. E eu digo. E não sou quem esperavam. Vão-se embora. Não uso máscara. Digo o que penso. Mas escondo o que sinto. Falta-me. Mas já não vale a pena. Ainda bem que o escondo. Para quê falar? Para quê esperar? Não sou uma pessoa hábil no diálogo. Sou de monólogos. Aborreço-te. Sinto-te. Tentas o politicamente correcto. Tens muito que fazer. Ainda arranjei desculpas, pensando que talvez fosse qualquer outro motivo. Mas o motivo é apenas um. Realmente não é agradável falar comigo. Estar comigo. E insisti, no desconhecimento da auto-estima. Que me diz, que não se pode agradar a gregos e troianos. Não perteço ao séquito que te rodeia. Não faço sentido algum na tua vida. Que pressunção foi a minha, de um dia, talvez...