Desculpa se não me vês como querias,
triste.
Tantos desencantos,nestes muitos anos,
Secaram-me os olhos,
E já o coração empedernido, é deserto.
Não te espante o meu sorriso
Nem martirize o trato impessoal,
Aprendí nas intempéries, resistência...
A cada dia,
Perder-te um pouco,
Minimizou a tragédia de agora...
Madrugadas foram testemunhas constantes
das dores insones que chorei.
Nosso quarto assistiu, inerte, aos desatinos
das carícias rejeitadas,
negaceadas,
inúteis.
Não te desespere a minha frieza,
Deixa-me apenas.
Peço sómente não devolver-me os sonhos,
Que deles já não preciso...
Fico com minhas realidades!!!