Explodem na noite, as notas tristes d’um violão.
Escusas de toda luz, quantas almas desoladas,
fazem os ouvidos mocos às cordas dedilhadas!
Rua sozinha, em silêncio, deixa vagar, então,
Ecoa a melodia – lembra Izolda e Tristão
fuga em noite fria – nas vestes brancas maculadas,
impregnadas de paixões - ilusões estroçadas...
tanto amor existia, ainda, assim, foi em vão!
Serenata chorosa, sentimentos em ação!
Nos olhos um oceano - almas dilaceradas...
fração em cortes findos, esculpidos por espadas.
Ao chorar um violão...saudade há de chorar...
não abafe os soluços, mesmo que a lua chore!
Lembranças... são lembranças! Não ignore!