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BEM VISTAS AS COISAS

 
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BEM VISTAS AS COISAS
 

Não sei porque tentam ver em mim
Aquilo que não sou.
Não percebo porque desejam
Que eu encarne os seus receios.
Eu não sou assim.
Mas aparentemente querem que seja.
Parece que desejam no seu íntimo,
Coroar-me como o Messias dos seus medos.
Talvez não saibam ser felizes…
Ou talvez no seu inconsciente,
Tenham medo da felicidade.
(Ou se calhar conscientemente…)
Não sei.
Não sou psicólogo.
Nem vou perder o meu tempo com isso.
Froid que os entenda.
E no fundo.
Bem vistas as coisas.
Sinceramente pouco me importa
Se querem ver em mim
Algo que não sou.
Até porque aos poucos,
Segundo a sua vontade
E perante tanta insistência
Mesmo sem querer,
Torno-me nisso mesmo…


“Para amar o abismo é preciso ter asas…”

 
Autor
Transcendente
 
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