Estendo minhas ânsias no estendal da razão!
O vento que as move, sem nunca as deslocar,
Provém dos queixumes da alma, que a soluçar
Outorga os mal ouvidos desejos ao coração…
A força do querer, não basta para deslocar montanhas
Não abre caminhos por entre os mares,
Não repõe sortes coloridas, que ocupem o negro dos azares,
Nem reúne sensações, sendo conhecidas ou estranhas…
Todas as ideias que invadem a mente,
São restos de incógnitas, são completos dilemas,
Assentes sempre em dúvidas plenas
Apresentam nunca texturas serenas!
Eu!!! Nos restos de mim, vejo-me de essência ausente,
Percorro-me repetitivamente, encontro-me sempre diferente…
Paulo Alves