Deixo-te uma flor,
Muito despetalada na imaginação!
É a flor mais pequenina!
Que vai desfolhada ao coração...
Deixo-te um perfume...
Embriagado perfume da paixão!
É o perfume mais suave,
Que vai aspergido à solidão...
Deixo-te um olhar,
Que muito corre turvo na saudade!
É um olhar assim perdido,
Nas lembranças que deixaste...
Deixo-te o brilho!
Da lua que brilha num céu suave...
É o brilho do brilho,
Que à solidão abandonaste!
Deixo-te o sorriso,
Que muito te foi tanto engraçado!
É o sorriso do sorriso,
Que credes em mim, apagado...
E deixo-te, por último,
A sombra de um abraço apertado!
É o abraço do abraço,
Com que te abracei no passado...
(® tanatus – 10/04/2009)