É como se toda a natureza,
manifestando-se, anunciasse a tua chegada,
com as árvores ainda mais fortes,
de folhas, insinuando-se ao vento.
E todos os animais viessem ver-te,
quer por caminhos secos,
outros rios atravessando,
que tu bem conheces, por neles te banhares.
Estar sem ti, mais de que uma imensa saudade,
é um estar a sós comigo,
como a um estrangeiro, em um outro país,
longe de toda e qualquer realidade.
Não há cores nem brilham no céu as estrelas,
pois que meu pensar é tão
profundo, que tudo à volta se deixa esquecer.
Por isso deixo, que brote em mim a poesia,
como uma flor ao sol, que, ao abrir-se,
trouxe-se, até mim, tua presença, enquanto crio.
E é nesta cumplicidade, nunca te perdendo,
ante meus olhos, que te sabem e te escutam,
por longe que estejas, que, no fim,
imaginando-te sorrir, sorrio também… e sou teu.
E já regressada, ao nosso convívio,
que estes versos, mostrem a grande diferença,
entre a solidão e a felicidade, de ter-te a meu lado:
como a mais bela das coisas, que poderia
vir a acontecer-me, por tua imensíssima graça, Mulher.
Jorge Humberto
09/04/09