Levanta o pé
e dobra a perna.
Uma pirueta.
Um arco perfeito.
A cada tecla.
A cada compasso.
A cada puxar das cordas.
Ensaia o sonho.
O tecido leve
que acaricia o olhar.
O som branco e preto.
O toque das sapatilhas
cor-de-rosa,
no chão de madeira.
O cabelo apanhado.
Rígido. Preso. Contido.
Um movimento dos braços.
Suave, dança, tão bela...
Acorda! Foca o olhar...
Sente! Ri! Chora!
Rompe os fios.
És bailarina
de luz e poesia,
e não uma marioneta.