Encanta-me com o teu canto calado.
A tua pele suave como seda,
O teu olhar de cristal luminoso,
Teus lábios rubros como sangue.
Enfeitiça-me com a tua noite mágica.
Refresca-me em teu braços,
Serenos como aguas de um lago calmo,
Enquanto a tua paz me abstrai,
Para um mundo sem desordens.
Inebria-me em tua voz encantada,
Como uma sereia a um humilde marinheiro.
Deixa que o esquecimento me lave,
De tudo que em mim é impuro.
Inibe-me de desejos, ambições e cansaço.
Despe-me o peso da armadura,
Riscada por batalhas incontáveis.
Leva para longe a minha espada,
Para que não trespasse a carne da pureza.
Serena-me como só tu sabes.
Sob o contemplar resplandecente da tua mãe:
Lua;
Que me ilumina nas trevas;
Me encanta na noite intensa;
E te envia a mim…
Ninfa sem nome…
Que apazigua a minha alma…
Para que por entre fragmentos de tempo,
Me devolvas à inocência…
“Para amar o abismo é preciso ter asas…”