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Enigmas da Alma

 
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Acordo, bem-disposto pelo teu sorriso na noite anterior
Sinto uma vontade enorme de te ver de novo
Mas sei que isso pode transportar dor
Sinto-me um bobo
Não vejo hora de resolver este estranho amor
E como a ovelha foge do lobo
Eu tento escapar deste eterno dissabor

Perguntas porquê que não arrisco contigo
E é normal, desde já te digo
Mas tenho medo que não seja amor e acabes por perder um amigo
Digo, não digo?!
O melhor é deixar andar, como me divagam os meus amigos
Portanto prossigo.

Tudo parece ultrapassado, resolvido
Mas foi apenas mais um pensamento perdido
Porque acordo outra vez contigo na mente
E viajo instantaneamente até ao momento
Em que te encontrei pela última vez, meu alento!

Olho em volta de mim mesmo, tento encontrar a solução:
Assumo que sinto esta ardente paixão?!
Ou deixo andar até sentir que estás preparada para entrar no meu coração?!
A resposta a esta questão, estará escrita algures entre a minha vontade de te querer
E a tua capacidade de me conseguires amar e pertencer.

Ás vezes o melhor é arriscar, sem medo do que possa acontecer
A questão aqui é que eu não o sei fazer
Serei demasiado orgulhoso, para confiar tanto em alguém?
Quando te olho cuidadosamente, porém
Sinto que sei perfeitamente o que estou a fazer
Engulo o orgulho, o receio, a desconfiança e mais além
Única e exclusivamente pela vontade de te ter, abraçar e beijar.

Inspiras-me minha musa, dás-me a volta á cabeça
Sinto-me demasiado pequeno para ti, com franqueza
E talvez seja por isso que não confio em ti o suficiente para assumir o que sinto, ciente
De que se o fizesse, certamente
Num futuro recente, seria honrado por esse teu harmonioso brilho de Sol Nascente!

Por entre tantas linhas e bravas palavras
Esqueci a principal razão de escrever isto em sigilo
É que á tua beira perco a noção do tempo e espaço
Mas sozinho, calmo e tranquilo, posso dizer aquilo
Que quero, posso e faço.

Ouço relatos teus, erros e lapsos que deste
O meu rancor esmaga-te, trata-te como um qualquer insignificante ser.
Sinto-me envergonhado, pelo que aparentas ser, mas
Acalmo, e bato no fundo, porque tudo o que começa tem fim,
Portanto relaxo, respiro e acabo, tristemente, a resmungar: Será ela mesmo assim?
O meu instinto protege-te, daquilo que fizes-te
Mas talvez tenhas aprendido, e nessa mulher que me ilumina
Te transformas-te!
Sei que a tua beleza pode levar-te de mim
Mesmo assim, luto com as armas que tenho, e é assim
Desta maneira, humilde e verdadeira que envergo
Que te trago, a salvo, pra dentro de mim!

Só que no meio de tudo isto, escreva eu o que escrever
Esta história só se irá resolver
Quando tu perceberes que o que mais importa pra mim é te ter
E quando eu ganhar coragem de te dizer
Que esta vocação de escrever, descobri ao te amar com tanto querer!

Ficaria aqui até amanhã a falar sobre eu e tu
Mas não sei se isso alguma vez existiu
A minha única certeza é que o teu “tu” ainda não viu
O teu verdadeiro “eu”!
O enigma que me vai na cabeça é “E se...”
E se eu te amar e te entregar a minha alma e me traíres?!
E se essa tua beleza te roubar de mim?!
E se for assim, serei eu capaz de perdoar?!
E se até temos uma história a contar?!
E se formos apenas duas pessoas que se entendem, sem falar?!
E se eu cagasse para tudo isto que escrevo e te dissesse:
AMO-TE – MEU PERFEITO LUAR!

Inspirado na minha vida pessoal...
 
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Xual
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