Às vezes preciso dormir, outras prefiro nem sequer me deitar.
Às vezes tento sorrir, só ‘pra não ter de chorar.
Às vezes vejo-te comigo, outras tento imaginar.
O que seria de mim?
Sem te poder pelo menos olhar!
Às vezes sofro cá dentro,
Por não ter como comprar.
Outras expludo de alegria,
Só por ver alguém caminhar.
Às vezes és como chuva,
Tocas-me de leve, sem avisar.
Outras és calor,
Que me enlouquece de prazer só de olhar.
Às vezes sinto-me minúsculo demais ‘pra este lugar,
Outras sou um Deus,
Á espera de encarnar,
Porque sinto-me puro e sei que posso ajudar.
Às vezes toco-te suavemente,
Com medo de me descuidar, e te poder magoar.
Outras agarro-te e puxo-te,
Na ânsia de te abraçar.
Ás vezes sinto-me um parvo,
Por escrever isto e gostar.
Outras acho-me enorme,
Neste dom de escrever e poder desfrutar.
Comparo a vida e tu,
Porque é disso que me sustento.
Por vezes são ambos sentimento,
Outras, algo de que não me posso orgulhar.
Tento então ser prudente e parar de querer conciliar,
Ambos estes fundamentos da alma,
Que decidi escolher como forma de pensar.
É sempre difícil optar,
Por apenas um condimento dos que me fazem palpitar,
Primeiro porque sou forte e destemido na vida,
E insaciável na arte de te amar!
Inspirado na minha vida pessoal...