A tristeza que em mim presentes,
Não me perguntes qual a dolente razão,
Se sabes bem que me faz mal ao coração,
Não saber ao certo o que por mim sentes…
Tanto amor sinto, mas em estações incoerentes,
Acho-me preso nas mãos de uma real ilusão
Paro perdido, aos pés ficcionais da emoção
Onde tento amarrar os sonhos até com os dentes…
Curso sem saída, num único sentido,
Onde sempre me observo a amar-te,
Não invento modo de o poder evitar…
A noite vem, avanço sem ti perdido!
Magoa adormecer e sonhar-te,
Mágoa sinto ao sonhar-te, e ter de acordar…
Paulo Alves