Quem saiba o que se passa no Zimbabué,
África Austral, não mais pode esconder,
na concha de suas mãos, a triste realidade,
de um país, onde a cegueira dos ricos,
insiste a tudo responder, com um simples
abandonar de braços.
A cada minuto, crianças inocentes, de
abdómen inchado, pernas e braços, em
pele e osso, morrem, nas poucas tendas de
campanha, da cruz vermelha ou dos
médicos sem fronteiras.
Na terra árida, sem água, tão pouco,
saneamento básico, vivendo entre poças infestadas
de mil doenças, putrificadas, algumas
crianças brincam, esperando pela morte, que,
virá reclamar, seus pequenos corpos, inermes.
Por entre o mato seco e o sol impiedoso,
ecoa no ar, um grito de ajuda, que ninguém parece
escutar, ou, pior ainda, ignora por completo.
Precisamos ouvir, deste lado, o seu chamado,
por parte dos médicos zelosos, para que sejam
enviadas vitaminas e todo o tipo, de
medicamentos, tão necessários, num país,
de nome Zimbabué, medicamentos esses que
abundam, sobremaneira, no Ocidente.
E a comida e a água, tão precisas, assim como
a construção de casas habitáveis, seria algo a
que se devia pôr mão, enviando soldados,
pois que são treinados para isso. Levando consigo,
algo que não se pode esquecer e é muito
importante: esperança, alegria e carinho sem fim.
O Zimbabué está doente. Se nada fizermos, pois,
levaremos connosco, aqueles belos e redondos
olhos, de uma criança africana. E, os seus carrascos,
que descansem, que chegará a noite,
de todos os pesadelos e suores frios.
Jorge Humberto
04/04/09