Que o pensamento incomoda muito gente.
Que as novas ideias, qual tempo do obscurantismo,
sejam largadas à fogueira, da ignorância e do medo…
Que o Homem, em novos antros, de falsas crenças,
se auto flagele, perdida a personalidade e o orgulho.
Que todos os valores, a nada nem a ninguém signifiquem…
Que a ciência seja desacreditada, como coisa do inferno.
Que se caminhe a passo de outros, quais bonecos sem vida.
Rosto enterrado no lodo, sem ter porque ser ou haver…
Que a igreja, como em todos os tempos, nos regateia.
Entregando aos inimigos, suas ovelhas e cordeiros.
Que a pedofilia, brutal realidade, dos padres vil quinhão…
Que as crianças tenham perdido toda a sua inocência.
E a liberdade, há muito, deixasse de ser uma brincadeira.
Que reine a desconfiança, até no mais simples do gesto…
Que a credibilidade, refazer da confiança, leve seu tempo.
Que o Homem persista nesta tão necessária demanda.
E não deixe de se dignificar e honrar, pelo trabalho…
Que a droga e o álcool, atinja quer a jovens quer a velhos.
Alucinados nas suas próprias desventuras, a tudo alheios.
Que a ilusão é presente, em cada sorriso pateta…
Tudo isto, por todos nós, é deveras mais do que sabido.
Que nada se faz nem sequer alguma vez se veio a fazer,
sem o assentimento de nossas mãos, por nosso pensamento.
Jorge Humberto
03/04/09