Como o sol que irradia o calor aos trópicos
E a lua que respinga o branco n'alquimia
E faz os namorados, escravos dos corpos
Nos beijos vorazes sem ter a boca fria!
E os poetas, que sonham com impossíveis
Tendo à mão, apenas uma pequena pena
E com a força dos dedos e dos sensíveis
Fazem brotar líneas extremas!
Faço dos meus dias, versos e loucuras
Choro nas teclas dos meus desenganos
Rio pro mundo com dentes de ouro
Mesmo que meu peito seja um trono
Dos que querem amor dos próximos insanos
Espalho ao vento versos de ternura!
(Ledalge, Salvador)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)