Folhas caídas
o Sol na pele
um gosto a Verão acabado
música
na
relva
uma inconstância de mar
o
Mundo
nas
mãos
palavras
sem cor.
Era uma vez
uma praia deserta
uma gaivota distante
o sabor a sal
quem vem e me entende?
O corpo em fogo
o pensamento em febre
algo de gelo
dentro de mim.
Se eu partir
não sei
quando regressarei
ao porto
um suave
esquecer de mim
o prelúdio de uma lágrima
a obrigação
viajar até à cidade
o reencontro com um olhar
terno.
É madrugada na tarde.
AnaMar