Esse seu olhar molhado...
Rapaz! Que pecado !
Você solto nas ruas... sorrateiro !
Atrevido e inocente... santo embusteiro !
Abandonado por um amor insólito...
- Credo! Que ar bucólico!
Você é fera demais pra brincar no claro,
e ainda vestido de azul ???
e sorrindo deste jeito raro?!
Tão santo, olha rapaz,
É esse seu olhar colorido,
que convence o céu, e rápido,
se cobre num véu...
Acontece um tudo de agonia,
a pele em julgamento,
precisando que o amor lhe toque,
como batida no cruzamento...
A temperatura sobe... um estilhaço!
o corpo em arrepio corrente... um alerta!
o coração num descompasso,
e querendo você, nesta oração insana,
eu mulher, por perto, descoberta...
Mas quem lhe pega sem aviso,
num pulo de surpresa,
descobre um jeito de fogo,
e um cio na sua presa...
- Como você engana as nuvens, rapaz!
E nisso modificam-se os laços,
e eu assumo este pecado tão doce,
prevendo um amanhã de machucados,
tão no fogo... depois nas cinzas...
- Please, esparadrapados!