Sem um abraço do espinho
Que trago cravado no meu peito
Sinto-me perdido e sozinho
Num tempo rarefeito!
Longos são os sentimentos
Que perpétuo em pensamentos
Drásticos e dramáticos
Em longas lágrimas de amores sarcásticos!
Temo pelo meu próprio bem...
Porque em mais nada consigo pensar
Um ser que de amor nada tem
Que sofre somente pelo gosto de amar!
Rio-me com a própria desgraça
Pensando que é um acto de lucidez
Mas, isto só é mesmo de alguém que disfarça
O seu próprio vento de aridez!
Descubro pouco a pouco
Que em mim pouco penso
Ajo como age um pobre louco
No tempo que se torna intenso!
Tudo isto para que consigas perceber
Que alma pura acaba sempre por sofrer
Que um estado de loucura
É estado de ternura!
Que não se ama, só por se amar
Ama, porque o amor é algo que devemos respeitar!
Marco Viana 16-05-07
No sonho de uma criança existe sempre ventos de mudança...