descalça ela as meias, sente o frio trazer-lhe o cheiro a chuva e a café, foi nesse dia que começou a andar descalça. sai ela fora dela, bate com a porta abrindo todas as janelas, uma nova brisa entra por adentro, faz cócegas ao início, ela sorri com a nova sensação, e quando pensa como é bela acorda ela. volta a si mesmo olhando para trás, pensa como o caminho deve ser difícil sem sapatos, sem ajuda, sem companhia, sente agora não o frio mas um ar seco, tem sede mas tem medo. tanto medo que permanece ali, naquele momento eterno, nunca se esquecerá que voltou a calçar os sapatos, sem dar o primeiro passo descalça.
a minha mente foge sempre
mas quero fugir a ela antecipadamente..