As palavras são as minhas armas
Sorvo as rimas e deixo sal
Preparo as receitas para o prato principal
Insisto, persisto na insistência de persistir
Latejar, psiquicamente o poema no teu ventre
Absorver, cruelmente o espírito para subsistir
Nevar nas paredes do teu olhar,
Pintar um quadro minimal,
um artista paradoxal,
sóbrio solto e dissolvido sem cessar
Desenho a amarelo, com um lápis afiado
Um desejo profundo, de que simplesmente te quero,
com o teu corpo preso, agarrado, incorporado,
no poema estranho, que agora encerro.