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Discreto

 
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Carrego um grande peso neste mundo
Que chega a prejudicar minhas passadas
No sonho, ando por vias desabitadas
E no poço do desespero, chego ao fundo

Será que há um remédio para isso tudo
Ou quem nasce poeta sofre mesmo assim
Mas não quero que tenham pena de mim
Pois nasci assim e continuo tão sisudo

Não é fácil viver entre estas esquisitices
Pois acho que erra quem diz asneirisses
Pensando que nesta vida, se sabe de tudo

Acho mais prudente, às vezes ser quieto
Do que ser falastrão e muito indiscreto
Melhor que falar demais seria ficar mudo.

jmd/Maringá, 01.04.09





verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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