Poemas : 

Mergulho ao Firmamento

 
Tags:  poemas  
 
Deitado nessa cama, no leito doce e frio da madrugada

Meus pensamentos voam inertes, em direção do nunca

Em direção do nada. No mesmo instante, em que minh'alma

Se esvai, de meus olhos vazios uma gota de sangue cai

E se congela no tempo, na vastidão dos seus presságios

Sinto a brisa leve da morte me envolver em seus braços

E me entrego completo, à Dama de Negro desconhecida

E em tal momento eu me perguntaste: o que mais provei

Dessa vida? Talvez mágoas, desilusão, rancor e solidão

Esses foram os diretores que redigiram um fim em minha

Vida de antemão. Agora do alto desse penhasco sombroso

Eu desato as feridas que me manteram preso a esse catre

E mergulho no firmamento, na imensidão do espaço

Onde a energia daqueles que morreram, rodopiam

Feito pássaros. E me sinto leve, suave, pávido e colosso

E ainda, vão ter quem especule: Este sucumbiu ao féu

Vil e torpe de depressão, tédio, hipocrisia e Desgosto.

Mas podem maldizer. As trevas são o refúgio da alma.

 
Autor
JoaoGouveia
 
Texto
Data
Leituras
208
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.