Em dias quentes
o fogo corre ligeiro
indiferente
à vida que queima
brinca
com o vento,
não se deixando apanhar.
Depois,
a devastação
em cinzas
e perdas,
lágrimas
escondidas
em corações de mar.
Assim eu
dorida
pela descoberta
de um sonho
por alcançar,
cansada
pela corrida,
na pressa de me libertar.
Então,
um renascer
perfumado,
em aromas
desconhecidos
frutos
proibidos
sabores por inventar.
E é Verão dentro de mim
num fogo a controlar...
Enquanto
para sempre
seja meu o teu olhar
e
nas tuas mãos,
que me amparam os sorrisos tristes
permaneça,
o eterno recomeçar.
AnaMar