Vozes caladas
palavras pe(r)didas
imagens inventadas.
Indiferente
o momento
a gelar devagar,
num engano
sem perdão.
A musica solta-se nos meus cabelos
ao longe,
sem vento
um fogo por arder.
Caminho descalça sobre as cinzas
das florestas que plantei.
Árvores loucas de (ar)dor
sombras ao entardecer
aves sem asas
assim as borboletas
sem cor,
ouro sobre azul
laranja verde limão
morangos silvestres
e
uma canção.
As cerejas
são o vermelho dos lábios
em maçãs
perfumadas
noites encantadas,
Primavera sem fim.
E é azul a minha praia deserta.
AnaMar