O amor, é um imperecível mistério
Que o coração e a cabeça enlaça...
Dor que magoa mas não dói, e passa
Por contentamento triste de um riso sério.
Eterno êxtase oriundo de um sonho etéreo
Caído das mãos mal fechadas de uma real graça,
Sobre o peito aberto aos sentidos que abraça
Nela um clarão de ideias num indecifrável critério.
Sentimentos atribulados, vagos!
Desejos perenes bebidos em tragos
Que nunca saciam a sede da alma!
Perpétuo carimbo que o pensar não acalma!
Misterioso amor tatuado sobre a calma
Dos ideais perdidos por entre abraçados travos…
Paulo Alves