A tantas dores me vejo amarrado!
Atribuído castigo para meus erros;
E pesam em demasia como maciços ferros
Quebram a razão em cacos, me retém atado.
Sempre tentei ter o maior cuidado!
Quando errei, tão altos os berros
Tombados no silencio dos desterros
Onde a dúvida me havia condenado.
De dores fui assim padecendo
Ébrio de tristeza, solidão e torpor
Impossível foi não sentir medo.
Hoje conscientemente sóbrio entendo,
Que se estivesses comigo amor,
Seria a única maneira de viver ledo.
Paulo Alves