Três golpes certeiros, lugares distantes
Tombaram-no ao chão!
O primeiro foi no caraça, por conta de um ciúme
Doentio, a danada da cachaça misturou-se ao vinho
A feri-lo noite inteira a golpes de facão.
Foram tantos cortes, delírios
Desatinos... Na manhã seguinte
Um corpo cansado, coração
Ensanguentado, feridas abertas
Frente a cara confessa que diz:
Fiz sim aquilo tudo, mas, tudo que fiz
Não passou de mal entendido
Pois, amo tanto!
O segundo, meio a padaria
Um telefonema surdo, fez gerar
Todos ciúmes. Ciúmes que nem
Cabiam! Chicotadas de palavras
Ameaças, humilhações sem fim...
Mesmo assim, como no antigamente
Na hora da despedida, cara arrependida
Acaria a alma com abraço doído, costura
O corpo cortado, nunca tão humilhado
Com um beijo assassino!
O terceiro golpe foi mais que fatal, víbora
Animal peçonhento, sem motivo algum
De ciúmes, abre boca de mangaça
Enche a cara de wodica e cerveja
Para picar-me frente a mesa de um sítio
Desconhecido. A serpente pula, rodopia
Grita,
Fica puta,
Bate na mesa,
Lança seu veneno
Em minha veia.
Veneno que destroi
Corroe as alegrias
E a dignidade de qualquer pessoa.
Acuado, sem ter para onde ir
Coração moribundo agoniza
Noite a fora, sufocando
O grito que gritei ao ir embora
Chegaaa... Acabou!
Re: ASSASSINARAM O CORAÇÃO
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