A dor no seu leito
Estava eu no meu leito,
Só e triste à espera,
Duma visita quem me dera,
Para encher o meu peito
De amor a meu jeito.
Quando olho através da vidraça
E vejo que o tempo passa,
Dou conta da minha desgraça,
Da dor que me trespassa.
Nesta manhã fria,
Lá fora vejo a luz do dia,
Onde a vida se agita
E lá não se grita.
Será por castigo tanta dor...?
Mas, Deus não castiga assim…
Sempre dá cura e amor
E este, não deve ser p´ra mim.
Olho para a hora que tarda,
Da chegada branca farda.
Na agonia que se lamenta,
Minha ansiedade aumente.
Chegada a hora da visita
Toda gente se precipita,
Na porta tenho o meu olhar
À espera de um amigo p´ra falar.
Mlucas