Outrora sonhaste com belas paisagens
Duma vida que de tão selvagem
Esparramou-se por extensas ramagens
E no meio de um vasto campo virgem
Encontrou o elo da tristeza perdida
Que de tanta dor fez aumentar a ferida
Corra para os braços da morte
A tristeza sim é um ato da sorte
Da maldita vida não me peça silêncio quando partir
Se da solidão a fiz amiga
Não é com medo da escuridão que vou me ferir
Mas se acaso cantarei uma triste cantiga
Se sonhar com verdes campos de felicidade
E como velar a vida em profundas mágoas
e me matar ainda na minha mocidade
Então! Ó Cristo, nos desculpe por todas tuas chagas