Renuncio a hipotéticos amores,
Aqueles que preenchem o sonhar,
Aqueles que doem no peito ao acordar,
Com a força concreta de amargas dores…
Renuncio a amores que não subsistem,
Aqueles que ventam de fantasia o acordar,
Aqueles que magoam os sentidos ao sonhar,
Com a força impulsora das reais saudades…
Renuncio, oh! Altivamente renuncio,
Farto ando eu de adormecer na ilusão!
Renuncio, oh! E é assim que anuncio
Acordar caminhando na realidade da razão,
Onde bem alto e determinado prenuncio
Emancipar de fantasiosos amores, o coração!
Paulo Alves