Uma onda fria percorre corpo etéreo
Pedaços do infinito letargo
Uma lágrima corrente em hierático calvário sidéreo.
Tristeza inabalável,sempiterno estigma.
Toda esperança,qualquer renovado acaso,
Atro ceifar em dias esgotados de esbatida lamúria.
Em particular anseio o tormento mortuário.
De mãos vazias a senda labial ressequida em pele frouxa,
Cospe o pó do não dito.
Sangram em teu nome as palavras,
Imploro pela maior delas.
Além de dolente canto o estigma sagrado da rosa mais pura
Apaixona-se.
No lago apenas o silêncio,
Digno lamento segredado,outroa o quimérico concretiza-se,
O mártir chora a estrela balouçante no bosque escuro,
Um horizonte nada ao acaso entre costelas,
Esperanças descumpridas,novas promessas habitam
O antigo presbitério,ergástulo arruinado.
No egrégio calvário evoca o anjo pétreo
Suicídio ronda ciscunspecto e calmo.
Há no lago o silêncio,
De minhas mãos vazias,
Na tenebroso abrigo um rosto permanece,
Da indomita existencia em jardim próximo.
Na rosa intemerata em lágrima farta teu abraço
É a dádiva em esplendido misterio,
A minha redenção,amor sincero.