Poemas : 

Tempestade de Gente

 

Às vezes chove gente,
Tantas que são apenas uma concentrada,
Não há data, nem hora marcada
Excepto o que pairava no ar,
Já tão alto que não dá para apanhar.

Às vezes, quando há nuvens,
Ouvem-se cair lá fora
E no fora que trouxemos para dentro.

Às vezes, com outras nuvens, escuro,
Se caiem não se vêem, não se ouvem,
Não parecem existir.

Às vezes vem a seca, seguida de fartura,
Seguida de fome que tortura
Sem que alimento qualquer sacie.

Às vezes... não há vezes.

15/03/2009
 
Autor
Hugo Cabelo
 
Texto
Data
Leituras
655
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.