Às vezes chove gente,
Tantas que são apenas uma concentrada,
Não há data, nem hora marcada
Excepto o que pairava no ar,
Já tão alto que não dá para apanhar.
Às vezes, quando há nuvens,
Ouvem-se cair lá fora
E no fora que trouxemos para dentro.
Às vezes, com outras nuvens, escuro,
Se caiem não se vêem, não se ouvem,
Não parecem existir.
Às vezes vem a seca, seguida de fartura,
Seguida de fome que tortura
Sem que alimento qualquer sacie.
Às vezes... não há vezes.
15/03/2009