Noites... Aquelas em que teu doce,
Aquele tão doce suspiro arrebatou,
Fazendo-me sentir viva,
Fazendo-me sorrir à lucidez...
A loucura é puramente insana!
Mas a nossa loucura,
Aquela que a toda hora fugimos,
É tão pura quanto louca...
Podiam todas as noites em branco sorrir,
Podessemos nunca ter de dormir,
Deixando que a nossa loucura nos enlouqueça
Por dentro, nos estremeça!
Loucura esta que nos arrebata,
Que nos ferve cá dentro,
Dizendo que é seguro,
Que as palavras não mordem,
Que os momentos surgem...
Loucura esta que nos faz sermos um só,
Uma só voz perante a lucidez da vida,
Aquela que da loucura não tem nada,
Aquela que nos abraça e nos deixa no chão...
Loucura esta que nos levanta,
Que nos eleva, que nos vive...
Aquela loucura que nos corre nas veias,
E que ferve, arde sempre cá dentro...
Que não quer nada senão viver,
Que nada faz senão ser
Insana na sua insanidade constante...
Loucura que nos liberta pelo mundo dos sonhos...
Sonhar é ser louco,
Ferver pelo que não se tem - Imagina-se!
Pudera a loucura não deixar de ser louca,
Que a lucidez fugisse de vez...