VITÓRIA
Numa batalha
espadas e lanças
cruzam-se no ar.
Entre a noite e o dia
corpos, cobrem o chão
e o sangue, dá de beber à terra.
Uma multidão oprimida
derrama o escudo da vida que acabou!…
… De novo o combate começa
e então
no ar rebenta uma tempestade.
Ressuscitam os mortos
as espadas ferem
mas o sangue
jamais é derramado.
Deolinda de Almeida
1973
Não estou com a mentira e com a hipocrisia.