Um dia que se separou de nós... Um ontem de mala vazia negando carícias a um depois, recusou... Recusei, recusaste... Aliviei num tranquilo nunca mais... Esqueci o sempre, neste dia que nos abandonou... Tinha que existir um dia assim?... Sou culpado... Teria mesmo?... Uma noite que acenasse, antes que a manhã nascesse... Teria mesmo de ser assim?... Sou culpado... Agora que não é o tempo que o calcula, mas a morte?... Pergunto... Que abandono sem horas será este?.. Porquê?... Não encontro mais respostas, não encontro mais perguntas... Fui eu... Sou culpado... E não sei de inocentes, sabendo que hoje sou eu que me separo dos dias...
«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»
Agostinho da Silva