IMAGINÁRIO
Era uma janela!…
… Entre a folhagem que envolvia o parapeito
imaginei-te!
Os raios de sol reflectiam-se num rosto
as águas do riacho sussuravam baixinho
e aquela estrelinha
sorria-lhes docemente.
O prado era verde
e recordava-me os teus olhos!…
… De repente
um cavalo branco
galopava nos meus sonhos
e mais uma vez
imaginei-te!
Imaginei-te o meu príncipe encantado
que desencantou uma bela adormecida
que sonhava
naquela janela.
Deolinda de Almeida
1973
Não estou com a mentira e com a hipocrisia.