Às vezes queria fugir
Para tão longe
Que tuas lembranças
Não me alcançariam
Seriamos sépia

Às vezes queria poder ser um exato
Preciso e precioso momento
Queria ser o extrato dessa história
Perpétuo em minha memória
Em papel polaróide

Às vezes queria que não tivéssemos sido
Retomar o caminho por que tinha ido
De marcha ré
E pelo sim, pelo não
Talvez tivesse Deus aberto
(E eu apenas não tinha avistado)
Uma fresta em outra janela
De onde deitaria os olhos no mesmo jardim de rosas
Por onde ainda passeiam as borboletas de minha avó



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Autor
AnaFláviaHeide
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/07/2009 19:01  Atualizado: 09/07/2009 19:01
 Re: LISBELA
O seu texto tem uma beleza plácida e comovente.
Adorei.