Dos teus olhos,
Que retribuem a tez da minha pele,
Vejo sangue.
Das tuas mãos,
Que me acolhem ternamente,
Sinto dor.
Nada mais que um sonho se esquece,
Mas a alma permanece,
Intacta podes pensar,
Pouco mudou,
Mas tudo vai mudar.
Entre teus braços me escondo,
Olho-te num sorriso,
Que cai,
Fluindo pelo teu corpo.
Não me olhes assim!
Nos teus olhos,
Perco o meu brilho,
Um olhar corrompido em que me afogo,
Meu sangue por ti espalho,
Homogéneos.
Quero a fusão,
Quero-te uma vez mais,
Sem a corrupção que outrora sentimos,
Mas um som que juntos fluímos.