Vem, trazer-me o teu amor, vem deixá-lo acontecer, na mente, quero sentir o torpor, que inebria e faz calor, sempre que chegas ardente de desejo, e trazes no rosto, um resquício de malícia.
Vem, que tenho o corpo mais descansado, meu espírito, já anda à solta, vem sem receio, repintar a vida comigo, meu amor, vem dar-lhe cor, saborar o elixir que nos dá o amor, pois quero saboreá-lo contigo.
Vem, que é grande a pressa que tenho, latejam-me as têmporas de minha testa, aguardando ansiosas pela carícia, que apenas ganha contornos com a tua mão.
Vem, que a hora é breve e já tardia, soam os murmúrios da madrugada, e quero nesta hora adormecer serena, com a cabeça encostada, ao teu peito aconchegante até que a vida nos consinta.