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POEMA 2004

 
Ô amante! Venga saludar por mí, tus amores.

Bela, porém pálida aparição de meus sonhos,
Teu beijo enternece minh’ alma
E grita em meu sangue aos sete mares de teu amor,
Porém me matará na cama.

Minhas mãos - brisa que acarecia tuas curvas,
Desedentando por elas, minha ânsia -
Uma chama que queima em meus quentes países.
Minha boca, que parte a ti, o devasso beijo que nos consomem.

Que a alma cante e seu alvoroço
Desperte o sumo palpitar de meus sentidos!
E se estremeça e contorça todas as outras vistas,
E que envolves a viril masculinidade.
Túrgidos, os membros ao que nos envolvemos.
Vozes silenciosas e insinuantes
Entregues a nós, a fim de nos arquitetar.
Ao qual estou preso por vontade
Ô neste véu do silente que me acolhe
Como inspiração a constante saudade.
Última alma que acharei consolo
A meus tormentos.

Que entre os pólos quentes de teu corpo
Jaz-se um germinante prazer,
Quando se apagam as velas de nosso ser.
O corpo enlanguescido, o sangue fervendo – um torpor,
O coração a disparar... as mentes vesgas!

Que entre a vida e a morte,
Parta-se, impregnando os sinais do corpo,
Jorrando-se pelos sentidos.
Que devolvas e biparta o ser em dois.
E que me entregues o silencio ou a razão,
Ou a renúncia e o perdão.

Ou que da culpa, minha ou tua
Resta o ultimo fulgor
Fulminante e sublime deste amor, Ô amante!
Que meu corpo transporte, exatamente,
Tua essência e nos traga a mãos, a exótica alma
Que entorpece em todas a noites!
Ô cativado amante!


Davys Sousa
(Caine)

 
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caine
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