Floresceu em mim uma metade
Sumida entre um agreste rochedo
Enegrecido pelo amor triste e ledo
Que deixou uma aragem a saudade
Vi crescer ali com olhos de novidade
Boa verdura e natureza sem medo
Numa serrania vi a Márcia Roboredo
Que deidade tão bela e de tenra idade
Parecia uma quimera fugaz da imaginação
Onde não seria possível idolatra-la por contacto
Só em devaneios possuía seu belo coração
E eu percorria tal verdura com a visão e olfacto
Para ver se era possuído por aquela sensação
Só mais uma vez …mesmo sem o uso do tacto...
Eternamente Luís Camões
Eternamente Luís Camões /António Plácido