Seja o teu corpo
a muralha do silêncio
em que guardaste os rios e vendavais
Sejam as tuas mãos
um esboço de primavera
que ás vezes procura o meu rosto
num misto de medo e solidão
Seja o teu riso uma vontade acorrentada
aos dias que não virão
Sejam assim estas horas em que procuras por ti
num desespero de Outono à procura de Primavera
ou nos passos inventados nas enormes casas da espera
Seja assim essa ilusão
-Minha Solidão –
(Teresa Cuco)