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FADO DO HILÁRIO

 
Paulo Monteiro

Ao grande poeta fadista Euclides Cavaco

Eno Teodoro Wanke foi o maior estudioso da trova literária em língua portuguesa e autor de algumas obras fundamentais sobre o pequeno poema de quatro versos, destacando-se A Trova (1973), A Trova Popular (1974), A Trova Literária (1976) e O Trovismo (1978).
Em A Trova Literária, o capítulo 8 é dedicado às Influências de Portugal Sobre a Trova Brasileira, começando pelo fado, destacando à figura do poeta Augusto Hilário da Costa Alves, que seria o criador do fado-seresta de uma nova contextura, na definição de João do Rio, que cita apenas uma trova do poeta português. Esta:
A minha flácida lira
Tem duas cordas variadas:
Uma que chora e suspira,
Outra que dá gargalhadas.
Alguns dos seus poemas acabaram popularizados, especialmente um, conhecido como “Fado do Hilário” ou “Fado Hilário”, do qual se conhecem diversas variantes. Hilário virou lenda, verdadeiro mito. Mas quem foi, de fato, esse Hilário?
Às cinco horas da manhã do dia cinco de janeiro de 1864 foi deixado na Roda de Expostos de Viseu um menino recém-nascido. A Roda de Expostos existia à entrada de determinadas igrejas, nas cidades daquele tempo, onde eram largadas as crianças não aceitas pelos pais, especialmente filhos de mães solteiras. Geralmente acabavam recolhidas e batizadas por alguém da família que adotava o afilhadinho. Este, muitas vezes, era amamentado pela própria mãe.
Foi o que aconteceu com o menininho de Viseu, batizado pelo presbítero João da Costa e Maria Alexandrina, ambos viúvos, criado na própria casa onde nasceu – e onde faleceria -, à Rua Nova, nº. 14, daquela terra natal. Na pia batismal da Sé da cidade onde nasceu, recebeu o nome de Lázaro Hilário, mudado, a seu próprio pedido, para Augusto Hilário, em 26 de maio de 1877.
Mais tarde, no dia 8 de junho de 1883, no Tribunal de Abrantes, seria perfilhado pelo seu pai, António da Costa Alves e sua mãe, Ana de Jesus da Mouta, analfabeta. Com ele foram perfilhados outros dois filhos do casal, António Pais e Carlos Alberto, que também tinham sido recolhidos da roda de expostos, pois António e Ana eram pais solteiros.
Para conseguir subsídio do governo, ingressou na Escola Naval. Entre 1881 e 1886 estudou no Liceu Nacional de Viseu. Pretendia cursar Filosofia. Entre os anos de 1889 e 1896 cursou Filosofia, Língua Grega e, finalmente Medicina, na Universidade de Coimbra, mas não concluiu nenhum curso. Jamais concluiu quaisquer estudos superiores, pois se dedicava ao teatro amador, às serenatas e à boêmia, como cantor de fados, aproveitando sua bela voz de barítono.
Ficou famosa a participação de Hilário numa homenagem prestada ao consagrado poeta João de Deus, oportunidade em que jogou sua guitarra para o auditório. Nunca mais a recuperou. O Ateneu Comercial de Lisboa, em 2 de junho de 1895, ofereceu-lhe outra guitarra, doada por Maria Alice Trindade Figueiredo Alves, sua sobrinha-neta, a 24 de junho de 1867, ao Museu Acadêmico da Universidade de Coimbra, onde está depositada.
Atacado pela tuberculose, retornou à casa paterna, onde faleceu às nove horas da noite do dia 3 de abril de 1896, sem assistência religiosa. À margem de sua certidão de óbito lavrou-se a seguinte nota: “Criador do Fado do Hilário e poeta e boêmio, notável candor do mesmo Fado, conhecido em todo o país como Fado Hilário”. Foi sepultado em sua cidade natal, sob grande consternação, segundo alguns, vestindo a inseparável capa preta, imortalizada em seus versos; trajado com a farda de aspirante da Marinha Portuguesa, segundo outros.
A exemplo do que aconteceria com Manoel Maria Barbosa du Bocage e outros poetas improvisadores, depois de sua morte, muitos poemas lhe foram atribuídos. É o caso do “Fado Hilário”, recolhido por Lucas Junot. Das três quadras desse poema, apenas uma é de autoria de Augusto Hilário. Diga-se a bem da verdade que, do ponto de vista métrico, muito mais correta do que aquela que alcançou maior difusão. Eis a quadra divulgada por Lucas Junot:
A minha capa ondulante
Feita de negro tecido
Não é capa de estudante
É mortalha de vencido.
O estudo do “Fado do Hilário” é de extrema importância para entendermos certos aspectos de toda a poesia popular, cultuada e divulgada por milhares de poetas, na Língua Portuguesa: o porquê da persistência de tantos autores em continuarem escrevendo em redondilha maior, o porquê dos velhos temas persistirem e o porquê de perpetuação desse tipo de literatura poética ancestral. É o que vou discutir nas próximas páginas.
Transcrevo, a seguir, o texto mais conhecido do “Fado do Hilário”, que, completo, é formado por 36 quadras.

Fado do Hilário

A minha capa velhinha
É da cor da noite escura.
Ela quer acompanhar-me
Quando for p’ra sepultura.

Ela há-de ir contar aos vermes,
Ai, já que eu não posso falar
Segredos luarizados
Ai, da minh’alma a soluçar.

Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra,
A forma de um coração,
Ai, a forma de uma guitarra.

A minha capa ondulante
Foi feita de negro tecido
Não é capa de estudantes,
Mas é capa de vencido.
O poema acima, que se popularizou, não é a totalidade das estrofes intituladas “Fado do Hilário”. Representam, pois, pouco mais de 10%. Se apenas estas se popularizaram é o que basta. Estas é que caíram no gosto popular; estas é que tocaram na sensibilidade das pessoas que ouviram e gostaram. Pouco importa se a “elite” de cantores de fado optou por apenas estas em detrimento das demais. O certo é que esse poema – e apenas esse poema – acabou se popularizando.
Analisemos a primeira estrofe do “Fado do Hilário”. Ei-la:
A minha capa velhinha
Tem a cor da noite escura.
Ela quer acompanhar-me
Quando for p’ra sepultura.
Literariamente forma uma trova, isto é, um poema de quatro versos em redondilha maior. Tem idéia completa. É um poema independente, pois a quadra sobrevive sozinha, separada do todo.
O primeiro verso fala de uma capa bastante usada, velhinha, negra, que “tem a cor da noite escura”. Aí estão presentes duas figuras envolventes, a capa e a noite, ambas escuras. A primeira é um objeto físico, puramente material, que protege do frio e da chuva, ao mesmo tempo era parte do uniforme dos universitários de Coimbra. A segunda é a ausência de luz, simbolizando a própria morte. Não é à toa que a qualidade da noite (“escura”) rima exatamente com sepultura, o Sheol dos hebreus, o Hades dos gregos, o Infernus, dos romanos.
Essa primeira estrofe do “Fado do Hilário” é formada por dois dísticos, dois pares de versos, ou duas estrofes unidas, formando uma estrofe de rimas simples (ABCB), típica do folclore. Os poetas cultos (ou mais cultos) preferem as rimas cruzadas (ABAB).
O segundo dístico, formado pelos 3º e 4º versos da primeira quadra do poema conta que a capa quer acompanhar o poeta no momento em que ele for para a sepultura.
Aqui, é importante notar o emprego dos verbos. Noutra palavra, como agem os substantivos, dois deles (ela e eu) ocultos e apenas um (sepultura), exatamente aquele que guarda o invisível, o corpo do morto, visível. Ela, a capa, é ativa, tem vontade própria, quer acompanhar o poeta, que também é ativo, quando ele for para a sepultura. Ninguém leva o fadista, ninguém o conduz num caixão. É ele que vai.
Boêmio, alcoólatra, amante de rameiras e tuberculoso, a vida que ele leva é que o conduz à sepultura. Conduz no sentido de que essa é a vida que ele quer levar. É uma opção pessoal. Ninguém o obriga a viver desbragada, perigosamente. Daí é que a capa conduz o fadista à sepultura e não ele a conduz ou é conduzido com ela.
Do ponto de vista psicológico, a capa é o símbolo do útero materno. Da mesma forma, podemos estender esse simbolismo à sepultura. Morrer é retornar ao útero da mãe terra. Assim, a capa, o útero materno, conduz o poeta ao útero universal, à sepultura comum da Humanidade, O Sheol, dentro da melhor tradição velho-testamentária. Aqui podemos lembrar outro poeta boêmio português, Manoel Maria Barbosa du Bocage, no verso célebre: “Somos todos iguais na sepultura”. Ali, onde se recolhe definitivamente o homem que é pó, nada mais lógico do que o homem ser conduzido pela capa velhinha, que é a própria natureza mortal do ser humano, a “eterna” condenação à morte.
A segunda estrofe, que ao ser iniciada por um sujeito oculto (Ela, a capa), é uma simples quadra, impossibilitada de vida própria, é a continuidade lógica da primeira estrofe.
Ela há-de ir contar aos vermes
Ai, já que eu não posso falar,
Segredos luarizados
Ai, da minh’alma a soluçar.
Antes de mais nada, preciso fazer algumas observações formais sobre essa estrofe.
Do ponto de vista formal, ela sofreu alterações espúrias, portanto, introduzidas por outrem que não o poeta. A métrica do segundo e quarto versos forma octossílabos, com a introdução de um “Ai”, no início de cada verso. O terceiro verso é um exassílabo, tem seis sílabas métricas. É possível que o poeta haja, originalmente, escrito “lunarizados”, do adjetivo lunar, aquilo que tem características da lua, e não “luarizados”, que tem forma de lua. A tradição popular simplificou o “lunarizados” para “luarizados”. Alterações, como veremos mais adiante, comuníssimas nos poemas popularizados.
Voltemos, porém, aos “Ais”. Os leigos nas leis da versificação, os espíritos menos apurados nas técnicas do artesanato poético, evidentemente, não entendem de sutilezas métricas. As interjeições (“Ai”, no caso) não precisam estar presentes no poema para que existam; podem ser elididas, suprimidas, ficando subentendidas.
Dito isto, acredito que a redação original era a seguinte:
Ela há-de ir contar aos vermes,
Já que eu não posso falar,
Segredos lunarizados
Da minh’alma a soluçar.
O processo de popularização poética impõe alterações no original. Há muitos exemplos. Fico apenas com um, o que me parece suficiente.
O poeta pernambucano Guimarães Barreto, no início do século XX, escreveu um poema onde constava a seguinte estrofe:
Um dia eu a vi rezando
Aos pés da Virgem Maria.
Era uma santa escutando
O que outra santa dizia.
Acabou se popularizando desta maneira:
Eu vi minha mãe rezando
Aos pés da Virgem Maria.
Era uma santa escutando
O que outra santa dizia.
Alguém lê ou ouve um poema, uma estrofe, altera, começa a declamar ou cantar com a nova redação e acaba caindo no domínio público. Vox populi; vox dei. Esse é apenas um detalhe que acompanha o “Fado do Hilário”, fado que é um poema ultra-romântico, lembrando o clássico “A Noiva do Sepulcro”, de Soares de Passos.
A morte perpassa todo o poema de Augusto Hilário da Costa Alves.
A capa – sempre a capa – irá contar aos vermes, aos agentes que fazem o homem voltar ao pó, os segredos lunarizados (ou luarizados, na voz do povo) da vida (alma) triste do poeta.
A lua, velha companheira dos poetas, é uma divindade ancestral ligada a cultos orgíacos. É a manifestação do complexo de Édipo, ao nível do subconsciente universal. A capa, o ventre materno, é capaz de contar os segredos mais recônditos do fadista.
Perpassa o poema um fatalismo enorme, uma espécie de predestinação. Daí é que o poeta, na vida material, é acompanhado pela capa-útero, que o conduz à sepultura. E lá, nas profundezas da terra, nos quintos dos infernos, de onde o homem veio e para onde o homem retorna, conta aos agentes da transformação da carne em pó, os segredos mais íntimos, todas as fraquezas da carne.
Produto do meio em que vive, ou mais precisamente da vida que leva, a capa-útero, a predestinação, conduz a história do autor. O poeta é sua própria história. É o “Eu sou eu e minhas circunstâncias”, de Ortega Y Gasset.
A terceira estrofe é interessantíssima:
Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra,
A forma de um coração,
A forma de uma guitarra.
No quarto verso, novamente um “Ai”, desnecessário do ponto de vista poético, mas útil enquanto efeito audível. Essas intromissões, estranhas à metrificação, servem para comprovar que existem diferenças concretas entre letra de música e “letra” de poema.
A poesia popular é repetitiva, enquanto peça retórica. É simplória. A ligação do violão, em seu nome feminino guitarra, à morte do poeta ou mais precisamente, o instrumento acompanhando o poeta-músico em seu sepultamento, seja sendo enterrados juntos, ou no caso de Hilário, o caixão tendo a forma da guitarra é uma figura comum aos poetas populares. Diga-se, para maior clareza, que a última guitarra usada por Augusto Hilário da Costa Alves era de um formato aproximadamente triangular, o que lhe dava um aspecto cardiforme.
Enquanto os poetas “literários” têm a preocupação de produzirem imagens novas, os poetas populares repetem as imagens velhas, gastas. Daí a própria “capa velhinha”, que não deixa de representar uma imagem da imagem.
Essa é uma das características básicas da poesia popular, o conservadorismo estético. A preferência pelas imagens ancestrais (capa, noite, sepultura, guitarra, vermes, segredos, coração, caixão, etc.), pelos metros velhos (redondilha maior) e as formas estróficas antigas (quadras) são características inseparáveis da poesia popular. Daí, a implicância da crítica literária (“erudita”) em repetir e repetir a pobreza desse tipo de literatura.
A poesia popular veste-se com o reaproveitamento do que já serviu a poetas anteriores. Noutras palavras, nutre-se das sobras, cobre-se com expressões e formas poéticas desgastadas pelo uso; vive de migalhas e farrapos.
A última estrofe do poema é uma espécie de fecho da composição.
A minha capa ondulante
Foi feita de negro tecido.
Não é capa de estudante,
Mas é capa de vencido.
A exemplo do que ocorreu em estrofes anteriores, o “Foi” com que se inicia o segundo verso é apócrifo, pois acrescenta uma sílaba à redondilha maior.
Os universitários de Coimbra usavam capas como parte do uniforme, seguindo certos padrões ligados às antigas ordens religiosas criadoras das universidades medievais. Hilário, misto de guarda-marinha e estudante profissional, usava uma capa preta, diferente das que cobriam os estudantes coimbrãos. A capa poeta era ondulante, voava ao sabor do vento. Este é um símbolo vital. Quando Deus fez o homem conferiu-se a alma, a vida, soprando nas narinas de sua criatura. Alma em hebraico é exatamente Ruach, sopro, e é sinônimo de vida.
Para concluir, outro aspecto fundamental de toda a poesia popular é a predominância de figuras femininas: a saudade, a noite, a tristeza, a morte, a água, as flores, a natureza. Há uma receptividade para temas que considerem esse aspecto. Exemplo clássico é o conto “Negrinho do Pastoreio”, o mais famoso do folclore gaúcho. As versões anteriores à divulgada por João Simões Lopes Neto, viraram curiosidade de sociólogos literários e críticos literários. Ao introduzir o mito da “Virgem Maria”, como madrinha do negrinho – pura e simples invenção do escritor pelotense – forneceu o elemento para que o conto inventado, alterado, reescrito, merecesse a consideração de obra do folclore.
Esse é um aspecto fundamental para a popularização e a sobrevivência de formas literárias ultrapassadas pelas correntes literárias cultas. E está presente em todos os poetas populares.
NOTA DO AUTOR: SERIA FASTIDIOSO CITAR AS FONTES DE ONDE RETIREI INFORMAÇÕES SOBRE O FADO DO HILÁRIO. FORAM DEZENAS DE HORAS LENDO INÚMEROS TEXTOS DISPONÍVEIS NA INTERNET. OBRA DE JORANLISTA LITERÁRIO E POETA O TEXTO ACIMA É DEVEDOR A MUITAS PESSOAS QUE ESCREVERAM SOBRE HILÁRIO DA COSTA ALVES E SEU FADO FAMOSO. A PARTIR DA SISTEMATIZAÇÃO DESSAS INFORMAÇÕES, O QUE FAÇO DE NOVO – SE PODE EXISTIR ALGO DE NOVO SOB O SOL – É USAR O FADO DO HILÁRIO PARA DIALOGAR COM A RICA POESIA POPULAR, GOSTEM DELA OU NÃO GOSTEM OS CRÍTICOS LITERÁRIOS.



poeta brasileiro da geração do mimeógrafo pertence a diversas entidades culturais do brasil e do exterior estudioso de história é autor de centenas de artigos e ensaios sobre temas culturais literários e históricos

 
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PAULOMONTEIRO
 
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Enviado por Tópico
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Publicado: 17/03/2009 16:36  Atualizado: 17/03/2009 16:36
 Re: FADO DO HILÁRIO
É UM BOM ESTUDO POIS SE NOTABILIZA NO VER FACTO QUE SÓ A UM ESCRITOR SE ATRIBUI MUITAS VEZES. ISTO É NEM SEMPRE SE PERCEBE DE TUDO E UM ESCRITOR MELHOR O VÊ E SE TRADUZ DE TUDO MESMO NO QUE O DESEJAM DE VER. A MINHA OPINIÃO ACERCA DO QUE SE DIZ DE TUDO E DO QUE SE PENSA QUE É UM TRABALHO DE ESCRITOR E NEM SEMPRE O FEITO É DEVER MAS DE SER FEITO.
UM ABRAÇO PAULO MONTEIRO E GOSTEI DE O VER NA SUA ESCRITA E TRABALHO APROFUNDADO DE SEU GÉNIO ESCRITOR.
ABRAÇO
AMANDU


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/03/2009 18:47  Atualizado: 17/03/2009 18:50
 Re: FADO DO HILÁRIO
CARO PAULO MONTEIRO É VERDADE O SEU TRABALHO É DEVERAS INVULGAR. HAVIA UM QUADRO EM CASA DE MEUS PAIS EM AZULEZOS DOS VERSOS DE GUIMARÃES BARRETO A QUE FAZ ALUSÃO NA VERSÃO POPULAR E ISSO É DEVERAS SINGULAR DE VER COMO NASCEU TAMBÉM E O POVO A REDIGIU.
UM ABRAÇO E OBRIGADO POR SI
AMANDU