Eu caminho na abismal floresta,a nuvem fala,
Seu colóquio,brado,ventania ruge em colóquio plagente,
Forte o sangue do mártir desaba,piso nas raízes,
Estanca minha dor o pensamento distante
Velório triste.
Caroline.
Rasgo meu peito,inflamo carinho,
Uma cicatriz longa passa pelo ventre,
Recosto-me e sombras movimentam-se na densa névoa
Acima e abaixo entranhas do verde reflexo,
Caminha o lobo astuto,solitário.
Lívido regurgito o viril lamento,
Sol que esconde-se sob o atro pendor malévolo,
Da noite eterna o refulgente brilho dos caninos
Atravessa de golpe certeiro a alma indefesa.
Nenhum crucifixo argênteo,altar pétreo,
Epitáfio apodrecido,mentira expelida,
Apenas a saudade,nefasto desalento,óbvio desapego,
Arrastando-me com o cadáver dela,companhia terna e singular,
Mulher amada.
Caroline.